As vendas de veículos, de um modo geral, seguem sentindo todos os efeitos negativos causados pela pandemia de Covid-19. E os números negativos atingiram até mesmo o segmento de motos, mesmo com toda a procura em virtude do aumento pela demanda de serviços de entrega. De acordo com os dados divulgados pela Fenabrave, a queda no mês de fevereiro foi de 33,1%.

Vendas de motos caem 33% em fevereiro

O número está é em comparação com aas vendas de motos que aconteceram ao longo do mês de janeiro deste mesmo ano. Já quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 28,1%. Com isso, este mês de fevereiro acabou se tornando o pior, em volume de vendas, dos últimos três anos.

Vários são os motivos que acabaram resultando na queda de vendas, e um dos principais é a falta de peças. Muitas montadoras estão tendo dificuldades para continuar a produção das motos, mas existe uma falta de peças no mercado como um todo. Além disso, a venda de uma forma geral foi afetada no início do ano pelas restrições de circulação decorrentes do colapso do sistema público de saúde em Manaus, onde estão concentradas as fábricas de motocicletas.

Vendas de motos caem 33% em fevereiro

Essa situação em Manaus obrigou as montadoras a reduzir os expedientes de trabalho nas linhas de montagem, fazendo com que as companhias operassem em um único turno. Já a Honda, que é a maior produtora de motos no Brasil, teve que suspender as atividades por dez dias entre o final do mês de janeiro e o começo do mês de fevereiro.

Com isso, começaram a faltar modelos nas lojas, fazendo com que diversas concessionárias passassem a registrar listas de espera para a aquisição de modelos que, normalmente, estariam disponíveis. Nos dois primeiros meses do ano, as vendas de motos caíram 16,5% no comparativo anual, para 143,3 mil unidades.

Em relação as vendas que foram concretizadas, a Honda segue na liderança com folga, sendo responsável pela produção de 74,3% das motos que foram vendidas nos primeiros dois meses do ano. Já a Yamaha, que aparece na vice-liderança, foi responsável por 19,1% das vendas.