Assim como a venda de carros apresentou números positivos no primeiro semestre de 2018 quando comparado com o mesmo período do ano anterior, a venda de motos também voltou a crescer nos primeiros meses do ano, o que não acontecia há 7 anos. As informações foram divulgadas pela Fenabrave.
De acordo com as informações que foram divulgadas pela associação das concessionárias, o segmento teve uma alta de 6,9% no acumulado dos meses de janeiro a junho deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. Os números consolidados apontam o emplacamento de 456.889 unidades este ano, contra 427.275 em 2017.
Mesmo apresentando este aumento, comemorado no setor, a quantidade de motos vendidas ainda é menor do que em 2005, quando foram 481.098 motos emplacadas nos primeiros seis meses. “Temos boas perspectivas para o ano pela recuperação da renda das classe C, D e E, que são as maiores compradores de motos de baixa cilindrada”, disse Celso Porto, vice-presidente de motos da Fenabrave.
Um dos fatores que acabou contribuindo bastante para o aumento das vendas de motos no Brasil ao longo do primeiro semestre deste ano foi o aumento considerável na disponibilidade de crédito pelos bancos. De acordo com o levantamento feito pela Fenabrave, de cada 10 pedidos de financiamento de moto, 2 estão sendo atendidos, contra 1,7 no ano passado. O financiamento responde por 40% das vendas de motos, o consórcio 33% e as compras à vista 27%.
Os analistas também afirmam que o crescimento poderia ter sido ainda maior se não fosse pela greve dos caminhoneiros, que acabou afetando diversos setores da economia do Brasil. O mês de junho fechou com 74.089 motos vendidas no Brasil, o que representa uma leve alta anual de 3,22%, comparado a junho de 2017.