O Salão Duas Rodas, evento considerado como o mais importante do segmento de motos no Brasil, teve três baixas importantes nos últimos dias. Primeiro foi a BMW que anunciou que não teria um estande na edição deste ano. Depois, Harley-Davidson e Ducati também confirmaram que não estarão apresentando seus produtos.

Grandes marcas anunciam saída do Salão Duas Rodas 2019

Todas essas três marcas que agora anunciaram sua desistência em participar do evento estavam com seus estantes no ano de 2017. A edição deste ano está marcada para acontecer durante o mês de novembro, na cidade de São Paulo.

As montadoras que não vão participar do evento afirmam que devem investir sua verba de marketing em outros eventos voltados para os clientes. Além disso, a empresas também afirmam eu o alto valor que está sendo cobrado para participação no evento acabou sendo um dos fatores que pesaram na decisão.

Mesmo com a saída dessas poderosas marcas do segmento de motos, os organizadores do evento estão otimistas. Honda, Yamaha e Kawasaki já confirmaram a sua presença dentre os cerca de 170 expositores. De acordo com o comunicado enviado pela produtora do evento, o investimento será recorde este ano.

Grandes marcas anunciam saída do Salão Duas Rodas 2019

"A Reed Exhibitions Alcantara Machado respeita a decisão de cada marca em participar do evento e continuará trabalhando para que o Salão continue a figurar entre os maiores do mundo no setor", disse a organização do Salão Duas Rodas, em comunicado.

"Além de todos os problemas conceituais, o custo do evento no Brasil é muito elevado para o que temos em troca. E o resultado é muito diferente do que temos internacionalmente, como no Salão de Milão, onde o resultado muito maior", Diego Borghi, presidente-executivo da Ducati do Brasil.

Mesmo a saída de importantes marcas, o evento ainda aposta alto na curiosidade que as motos despertam nos clientes. O segmento está em alta no Brasil, vivendo um momento de retomada. Depois de seguidas quedas desde 2012, o setor voltou a crescer em 2018, porém, o patamar ainda segue baixo comparado ao auge histórico.